quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Mochilando pelo Nordeste

Conhecer as praias do Nordeste estava em meus planos já havia algum tempo. O problema era decidir quais seriam as escolhidas, pois cada vez que tocava no assunto com alguém, as sugestões eram as mais variadas: Maragogi, Porto de Galinhas, Pipa, Jericoacoara e por aí vai...
Aí pensei: porque não todas de uma vez? Ir de Alagoas ao Maranhão pelo litoral de mochila (até Sergipe eu já conheço, rsrsrs...). A ideia para esta aventura surgiu numa noite gélida (-2 graus) num simpático barzinho em Puerto Pirámides, Patagônia Argentina, há exatos 367 dias atrás www.ciquellasnaviagem.blogspot.com
Eu e meu irmão, após 2 garrafas de cabernet (pensa!), nos perguntávamos: porque não fomos pro Nordeste? Porque estamos aqui, nessa maior "friaca"? (rsrsrs...).
De lá pra cá venho preparando com carinho esta viagem, contanto os dias, contando as horas...
Finalmente o grande dia chegou e espero poder fazer este trajeto em 30 dias de muito sol e mar. Nesta aventura quem irá me acompanhar nos primeiros dias será a Cintia, de Gaspar, depois sigo sozinha (pena Rafael não poder estar conosco).
Mais fotos da viagem estarão em meu Facebook ou Orkut (Rita de Cássia Ciquella).

19/07 (terça) - 1° dia: Apiúna/Gaspar - Maceió
Encontro no aeroporto de Navegantes às 7 h. Embarque e, depois de 3 sobe-desce (Navegantes-Campinas-Aracajú-Maceió), chegamos ao hotel/albergue às 15 h (Califórnia Dream, na praia de Ponta Verde), muito cansadas e famintas. Deixamos a bagagem e fomos a nossa primeira refeição em terras nordestinas: caldeirada de frutos do mar (ave!). Hotel, banho e descanso...
O Tom, gerente ou sei lá o que (depois eu pergunto, rsrsrs...), disse que tem um forró imperdível hoje à noite. Será que vai ser o Ó?!?! hehehe.... Depois eu conto. Bjssss....

20/07 (quarta) - 2° dia: Maceió - Ponta Verde e Pajuçara
Acabamos desistindo do forró (rsrsrs...). Precisávamos acordar "meio" cedo para aproveitar bem o dia, e foi o que fizemos. Café e saímos pra conhecer as praias de Ponta Verde e Pajuçara (uma do ladinho da outra). Fizemos a caminhada pela orla até a feirinha de artesanato, já em Pajuçara, onde também há uma grande quantidade de "guias" oferecendo inúmeras opções de passeios às praias mais badaladas da região. Optamos por conhecer as piscinas naturais, uns 300 metros mar adentro e fomos de jangada até os corais (20,00 por pessoa). O dia estava lindo e o local é maravilhoso, apesar de haver muito lixo (sacolas plásticas na maioria) boiando pelo caminho. Alugamos snorkel (10,00 cada) e ficamos por um bom tempo flutuando na água transparente observando uma grande quantidade de peixes coloridos (vale à pena!).
No local uma "jangada restaurante" oferece vários pratos à base de frutos do mar e bebidas, que são servidos dentro do mar mesmo, numa tampa de isopor que fica boiando à sua frente (chique nos últimos! kkkk...). Conhecemos uma galera de São Paulo e do Pará e combinamos o forró para logo mais à noite: Forró do Lampião. Pensa! rsrsrs...
Na volta, açaí, tapioca de carne de sol e muita água de coco pra recompor as energias e fomos bater pernas pela feira de artesanato. Afinal, minha coleção de imãs tem que continuar! Ficamos o restinho da tarde pela feirinha, hotel, banho, descanso, blog... Dessa vez o forró vai (hehehe...).
Até amanhã.

21/07 (quinta) - 3° dia: Maceió - Francês e Barra de São Miguel
Vocês acreditam que ficamos sem forró novamente? Fomos no local e estava fechado porque a banda não veio, pode? Só aqui mesmo pra isso acontecer e o povo ainda dar risada! kkkk... Acabamos indo para o Maikai, uma casa bem badalada na cidade, com a noite do pagode e do samba (deixa o forró pra lá! rsrsrs...). Encontramos o Jadir e o Dennys, da galera de São Paulo, e ficamos papeando e "choppeando" até uma da matina. Trocamos e-mails e blogs (eles fazem parte de um grupo de motoqueiros www.kaderaopp.blogspot.com) e nos despedimos. Valeu pessoal! Nos encontramos nas esquinas desse mundão!
Café e informações com o Tom (ainda não sei o que ele faz aqui nesse hotel, rsrsrs...), e partimos para a Praia do Francês. Pegamos um táxi lotação, bem comum por aqui e bem baratinho (2,00 por pessoa), fomos até o centro da cidade e de lá pegamos a van que nos levou até o Francês (2,50 por pessoa). Dicas de transporte muito preciosas dadas pelo Tom, pois se fosse pra ir de táxi, iríamos gastar uns 100,00 (valeu Tom!). A praia é linda! Vale à pena conhecer. Só não façam o passeio de barco para mergulhar nos corais pois é uma enganação!
De lá pegamos um ônibus para a Barra de São Miguel (3,00 por pessoa), bem mais tranquila que a do Francês, mas não menos bela. O visual de todas é maravilhoso com águas super transparentes! Queríamos ter ido até a do Gunga, que fica do ladinho. Dizem ser muito bonita também, mas os jangadeiros estavam cobrando 35,00 por pessoa para atravessar o canal. Isso só pra ir, depois tinha a volta. Achei um absurdo! Paguei não! rsrsrs...
Almoço tardio e táxi lotação de volta para o hotel. Banho, descanso, uma volta para um açaí na tigela, blog... Arrumamos as malas pois amanhã seguiremos até São Miguel dos Milagres, e depois Maragogi... e depois...

Imperdível: tapioca de carne de sol com bacon e queijo no quiosque da Thais, na praia de Ponta Verde; passear de jangada pelos corais e visitar a feirinha de artesanato em Pajuçara; caldinho de mussunim e dourado ao molho de coco no bar da Nega, na Barra de São Miguel.
Dicas: pra facilitar e pra quem tiver mais tempo, alugar um carro em Maceió e fazer o litoral sul de Alagoas até a Foz do rio São Francisco é uma boa pedida.

22/07 (sexta) - 4° dia: São Miguel dos Milagres - Porto da Rua
Consegui descobrir o que o Tom faz no hotel: FAZ TUDO! (rsrsrs...). Além de ser filho do proprietário, ele é recepcionista, camareiro, informações turísticas e dá dicas preciosas sobre Maceió. O hotel é ótimo! Indico 100%. Valeu Tom!
Saímos em direção norte até São Miguel dos Milagres, vila de Porto da Rua, distante 100 km de Maceió. Levamos cerca de 3 h num ônibus (11,00 por pessoa) que passou por diversas pequenas cidades e vilas.
Hospedamo-nos no hotel Costa dos Corais, um charmoso hotel a beira-mar, ao lado de uma colônia de pescadores, com direito a praia deserta e tudo. Maravilhoso!
Desfizemos as malas e fomos conhecer a praia de águas verdinhas e transparentes. Caminhamos por cerca de 300 metros mar adentro... Isso mesmo, eu disse CAMINHAMOS (rsrsrs...). Caminha-se dentro do mar com água pela cintura até quase chegar aos corais, onde é possível observar grandes quantidades de peixes coloridos, desde que se tenha snorkel para isso (o que eu não tinha no momento, rsrsrs...). Então a opção foi ficar curtindo o visual, boiando ao sabor das marolas... Coisa ruim isso, né? Hehehe...
Caminhamos até a vila (pela areia), almoçamos, compramos algumas pinhas (da família da fruta do conde, ata, nona...), mas muito mais saborosa, de-lí-cia!
Hotel e piscina até anoitecer...
Banho, descanso, blog...
Amanhã o dia será só curtindo as praias próximas e o hotel. Água doce... água salgada...
Fui...

23/07 (sábado) - 5° dia: São Miguel dos Milagres - Porto da Rua
Café... Piscina... Caminhada na praia... Almoço... + Caminhada na praia... + Piscina...
O dia passou assim...
Amanhã iremos para Maragogi logo após o café. Até lá! Bjsssssss...

Imperdível: caldinho de peixe no bar do Enildo e caminhar até o encontro do rio com o mar (lado esquerdo da praia) no final da tarde. O visual é incrível!

24/07 (domingo) - 6° dia: Maragogi
Café e partimos de táxi lotação (5,00 por pessoa) até a balsa de Porto de Pedras. Cruzamos o rio Manguaba de bateira (2,00 por pessoa) para pegar a van que nos levaria até Maragogi. Van? Kombi? Ônibus? Cadê? Domingo tem esses carros não moça, só na semana. Hoje só moto-táxi, me diz um garoto. Oxe!!! (rsrsrs...). Tudo bem não fosse a "baita" mala que temos. E agora? O jeito foi 3 motos: uma pra mim, uma pra Cintia e outra pra mala (rsrsrs...). Seguimos até Japaratinga de moto (5,00 cada uma) e de lá pegamos uma Kombi lotação (2,50 por pessoa) até Maragogi. Vocês não acreditam, mas o motorista da dita cuja conseguiu colocar 15 pessoas dentro daquela Kombi. Ave Maria! Muito engraçado, rimos muito! hehehe...
A lotação nos deixou em frente a pousada (Shalom Beach), uns 3 km antes de Maragogi, de frente para o mar na praia de São Bento. Mais uma vez desfizemos as malas e fomos caminhando pela praia até o centrinho de Maragogi. Almoço com caldinho de peixe (tá virando vício isso, rsrsrs...) e agulhinha frita (nossa! desde que chegamos aqui nossa alimentação foi toda à base de peixe, nas raras exceções da tapioca com carne de sol, é lógico! rsrs...). O Juan, dono do restaurante, nos informou que o Ibama havia fechado as piscinas naturais (Galés e Principal) devido a maré alta. Reabririam, talvez, na quarta. Ave! Ainda tínhamos a opção de ir até outra, um pouco menor (esqueci o nome). Bom, será isso ou nada, pois quarta nossa programação é para Recife. Marcamos o passeio com ele para amanhã à tarde. Uma volta pela feirinha para comprar imãs, um sorvete regional de mangaba, graviola e coco verde, voltamos para a pousada, ora caminhando, ora correndo... Mergulho no mar e na piscina e a noite veio... Show!
Banho, pizza e os tradicionais biscoitos de Maragogi, que é um pequeno copinho de polvilho recheado com bananada ou goiabada ou "maracujada" (kkkk...).
Blog... Até amanhã.

25/07 (segunda) - 7° dia: Maragogi - Porto de Pedras
Acordar... café...
Conversamos com o Eliel, dono da pousada, que nos esclareceu que o passeio para a piscina natural agendado para hoje à tarde realmente não valeria à pena, pois a maré alta não dá condições de boa visibilidade (dinheiro jogado fora!). Já que estávamos aqui, seria sensato ficarmos até quarta ou quinta para podermos apreciar toda a beleza do lugar. Acabou nos convencendo (quem está com pressa? rsrsrs...). Resolvemos então fazer a Rota Ecológica para avistar o peixe-boi e, para isso, teríamos que voltar até São Miguel dos Milagres. Pegamos carona com o Eliel até Japaratinga, moto-táxi até a balsa, travessia para Porto de Pedras e novamente moto-táxi até a sede do Projeto Aribama - Associação dos Ribeirinhos Amigos do Meio Ambiente -, às margens do rio Tatuamunha, santuário de preservação do peixe-boi. Neste lugar também é possível conhecer o trabalho dos associados com a reciclagem das garrafas pet e aproveitamento das cascas de coco, transformando as mesmas em vassouras, artigos para decoração, brinquedos, etc... Muito legal! Excelente trabalho!
Caminhamos até a beira do rio onde nossa jangada nos esperava. Embarcamos e a mesma deslizou suavemente em meio ao manguezal em direção ao habitat do peixe-boi, o dócil mamífero ameaçado de extinção. Chegamos ao cativeiro onde foi possível observar 4 exemplares que estão em recuperação para serem integrados novamente ao ambiente natural após a reabilitação. Um pouco mais adiante avistamos o Aldo, o exemplar mais "idoso" do santuário, com "apenas" 2,75 m e "generosos" 350 km, dormindo tranquilamente às margens do rio. Um colosso! Maravilhoso! Fantástico! Não há palavras para expressar a sensação de estar diante de uma criatura dessas. Show!
Tivemos também o prazer de conhecer a Lizete, proprietária da Pousada dos Cajueiros, em Paripueira www.pousadadoscajueiros.com.br e a Regina, de São Paulo, que nos deram carona até Japaratinga, onde almoçamos um delicioso arroz com polvo no restaurante da Mama Pereira, uma DELÍCIA! Não deixem de provar.
Van lotação de volta até as ruínas do Mosteiro de São Bento, uma construção do século XVIII, abandonada no início da década de 70, localizada pertinho da pousada, no alto de um morro com visão privilegiada das praias de Maragogi.
Retornamos caminhando à pousada, banho, descanso, blog...
Amanhã veremos o que faremos (rsrsrs...). Até...

26/07 (terça) - 8° dia: Maragogi - Carro Quebrado
Ontem decidimos que iríamos ficar por aqui pra fazer o "bendito" passeio das Galés, as piscinas naturais que estão fechadas por causa da maré alta, e que serão liberadas a partir de amanhã ou quinta. Com isso, resolvemos conhecer a praia de Carro Quebrado, indicação de minha amiga Lorena, de Salvador/Brasília.
Acordamos cedo, ligamos para a locadora de veículos e alugamos um carro, pois pra ir até esta praia, teríamos que voltar 90 km em direção a Maceió. Tivemos também que trocar de pousada, pois nossa reserva para a Shalom era só de 2 dias. Achamos uma no centro de Maragogi, de frente para o mar (Vela Mar). Feito isso zarpamos pra Barra de Santo Antônio, rodando por cerca de 1,5 h, e depois mais 1 h pra achar a praia de Carro Quebrado, que fica muito bem escondida, com acesso difícil por várias ruazinhas de terra em meio a um enorme canavial. Indico contratar um guia pra não passar perrengue, ainda mais se choveu na noite anterior, pois o risco de ficar atolado é grande! Nossa sorte é que tínhamos um Palio 4x4 (rsrsrs...).
A origem do nome de Carro Quebrado vem da história de um carro que teria atolado na estrada, sendo corroído completamente pela maresia. Praticamente deserta, é considerada uma das praias mais bonitas do Brasil. Famosa por suas falésias coloridas, de onde os artesões retiram argila com 18 variações de cores para artesanato (garrafinhas com areia colorida, lembram? rsrsrs...).
Essas informações nos foram passadas pelo Messias, um garoto de 14 anos que fica na praia com seus pais vendendo bebidas e petiscos, e que tem um talento nato para fotografia (todas as fotos desse dia foram tiradas por ele, que se apossou de nossa câmera e não largou mais, rsrsrs...).
No final do dia ainda fomos conhecer a praia Mansa, já em Barra de Santo Antônio.
Chegamos a Maragogi já por volta de 19 h. Um café com quiche, pousada, banho, dormir, pois não tinha energia (por isso só estou publicando o dia de ontem, hoje, rsrsrs...).

27/07 (quarta) - 9° dia: Carneiros e Porto de Galinhas
Nesta pousada não servem café da manhã e, ainda com o carro alugado, fomos até uma padaria. De lá seguimos pela AL101 até Tamandaré, já em Pernambuco, onde fica a encantadora praia de Carneiros, de águas mornas e límpidas, moldada pelo estuário do rio Formoso e por um paredão de arrecifes de 1 km de extensão. A origem do nome se deve a espuma branca formada em suas pequeninas ondas que se parecem com carneiros.
Às margens desse rio fica a capela de São Benedito, construída no século XVIII.
As piscinas naturais e os bancos de areia oferecem um espetáculo de cores inigualáveis, formando um paraíso que merece ser visitado, pois a paisagem ainda é quase que a mesma do início do século.
De lá seguimos para Porto de Galinhas com uma passada rápida pela praia de Muro Alto, de águas verdinhas, verdinhas... fantástico!
Passamos a tarde em Porto de Galinhas, curtindo banho de mar, comprando artesanato e tomando água de coco. Maravilha! Só pra não perder o costume, a origem do nome de Porto de Galinhas vem da época da escravatura, onde muitos escravos trazidos para cá eram do interior da África, região denominada de "Galinhas", captou? rsrsrs....
Na volta para Maragogi, parada para coxinhas de camarão (éééé.... camarão tem coxinhas minha gente! kkkk...), suco de açaí e pinha (que delícia!).
Pousada, banho, descanso, blog...
Amanhã de manhã faremos as Galés e à tarde seguiremos para Recife.
Até....

28/07 (quinta) - 10° dia: Piscinas Naturais e Recife
Acordamos cedinho, pois a tábua das marés indicava que as Galés estariam propicias para mergulho das 8 às 11 h. Tomamos café e lá fomos nós de catamarã por 6 km mar adentro. O visual da água verdinha nos corais é fantástico mesmo. Ouriços, estrelas do mar e muitas espécies de peixes coloridos fazem deste lugar um paraíso! Valeu super à pena ter ficado em Maragogi até hoje para este passeio.
As Galés estão inseridas numa área de proteção ambiental dentro da segunda maior barreira de corais do planeta (a primeira está na Austrália), que começa na praia de Paripueira e vem até Maragogi, com 135 km de extensão. Fabuloso!
De volta a pousada, um banho rápido, arrumar as malas e partida de ônibus para Recife.
Chegamos por volta de 18 h, hospedagem (Pousada do Forte), janta, banho, blog, mimir... Até...

Imperdível: sorvete de mangaba na sorveteria Pingo e mergulho nas Galés, em Maragogi; arroz com polvo na Mama Pereira, em Japaratinga; uma tarde em Carro Quebrado.
Dicas: se você estiver em Maceió e vai para Maragogi, não deixe de passar em Carro Quebrado, pois não existe transfer de Maragogi pra lá, só alugando um carro mesmo.

29/07 (sexta) - 11° dia: Recife
Acordamos cedinho, café e saímos para conhecer o centro de Recife. Fomos caminhando mesmo, pois nossa pousada está situada no mesmo bairro. Passamos pelo Forte de Cinco Pontas, erguido em 1630 pelos holandeses. Foi tomado pelos portugueses em 1677 e reconstruído com pedras e óleo de baleia. No alto da fortificação ficam os antigos canhões e desde 1982 funciona como Museu da Cidade do Recife. Foi fechado para reforma com reinauguração prevista para janeiro/2011 (até agora nada! rsrsrs...).
Altar da Igreja Nossa
Senhora do Carmo
Visitamos a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, construída em estilo rococó em 1665. A igreja é vizinha do Convento do Carmo, onde Frei Caneca fez seus votos religiosos e ordenou-se sacerdote, e onde, presume-se, esteja enterrado.
Passamos pelo Mercado de São José, o mais antigo edifício pré-fabricado em ferro no Brasil. Foi inaugurado em 1875 e possui a mesma arquitetura neoclássica dos mercados europeus do século XIX; e por várias outras igrejas (acho que em Recife tem uma igreja para cada 10 habitantes, rsrsrs...). Cruzamos a ponte e fomos para o bairro de Recife, conhecido como Recife Antigo, que deu origem à cidade. Surgiu em fins da primeira metade do século XVI, inicialmente como porto para escoar pau brasil e os produtos da atividade agro-açucareira de Olinda, então capital pernambucana.
Visitamos o Marco Zero (ponto inicial das estradas de Pernambuco); o Parque de Esculturas de Francisco Brennand (monumentos do importante artista plástico brasileiro que marcam o início do século XXI); a Embaixada dos Bonecos Gigantes (símbolo do carnaval pernambucano) e a Sinagoga Kahal Zur Israel (a primeira oficial de todas as Américas), situadas na Rua Bom Jesus, que ainda mantém casas da época da dominação holandesa (1630-1654).
Passamos pelo Museu a Céu Aberto, que expõe o resultado de uma escavação realizada em 2001 e que mostra ruínas de construções do período colonial; a Torre Malakoff na Praça do Arsenal (antigo observatório astronômico construído entre 1835-1855); o Centro Cultural dos Correios (uma construção do início do século passado de composição eclética e linguagem arquitetônica influenciada pelo classicismo francês); o Paço da Alfândega (construído em 1720 para abrigar o convento dos padres da Ordem de São Felipe Néri) e a Igreja da Madre de Deus (em estilo colonial datada do século XVIII).
Gostaram da aula de história? hehehe...
Voltamos à pousada já perto do anoitecer. Um banho, descanso...
Hoje é o aniversário de Cintia e vamos comemorar com um jantar regado a comida japonesa (A-DO-ROOOOO! rsrsrs...).
Até...

30/07 (sábado) - 12° dia: Olinda
O dia amanheceu com chuva e ficamos até mais tarde na cama. Lá pelas 9 h tomamos café e pegamos um ônibus até Olinda (cerca de 30 min). Após algumas dicas no Centro de Informações Turísticas, fomos conhecer o Centro Histórico de Olinda, onde visitamos:
O Convento de São Francisco: uma construção erguida em 1585 e que foi parcialmente destruída por um incêndio provocado pelos holandeses em 1631. A grande riqueza do convento fica por conta dos azulejos portugueses nos corredores;
O Seminário de Olinda e a Igreja Nossa Senhora da Graça: o Seminário foi o antigo Colégio Real dos Jesuítas, construído em 1575. A igreja é de 1552. O conjunto constitui uma mostra rara da arquitetura quinhentista;
A Igreja da Sé: construída em 1535, foi a primeira paróquia do Nordeste. Desde 1676 é a catedral da Arquidiocese de Olinda e Recife. Do alto da Sé, é possível avistar uma paisagem inesquecível: as cidades de Olinda e Recife juntas;
O Museu de Arte Sacra: construído antes da chegada do primeiro bispo, em 1676, abriga a rica arte religiosa de Pernambuco. O Palácio possui ainda dois torrões primitivos, as doze janelas do pavimento superior foram construídas depois, com balcões de madeira ao estilo do século XVIII;
A Igreja da Misericórdia: fundada em 1540. Em 1630, a Igreja foi saqueada pelos holandeses e incendiada no ano seguinte. Depois da saída dos flamengos, em 1654, a igreja foi reconstruída em estilo barroco. Apesar da reforma e do incêndio, o prédio conserva sua fachada primitiva.
Pausa para almoço com uma deliciosa macaxeira, carne de sol e queijo coalho no restaurante Casa de Noca. Uma delícia!
Continuamos nossas andanças visitando mais igrejas (acho que em Olinda tem uma igreja para cada habitante, kkkk...):
A Igreja de São Pedro: construída em 1764, foi a Cadeia Eclesiástica. Os padres assistiam as missas das próprias grades da prisão. No seu interior, existe um altar com talhas de Dom João V e um belo quadro de São Pedro na prisão, com um anjo tirando-lhe as algemas;
A Igreja do Carmo: é a mais antiga igreja da Ordem Carmelita em terras do Brasil, datando de 1580. Restaurada em 1720, apresenta uma belíssima fachada em estilo colonial renascentista;
A Igreja e Mosteiro de São Bento: é o segundo mosteiro beneditino em terras brasileiras, datando do século XVI. A igreja é conhecida como uma das mais ricas de Olinda e tem na fachada um imponente brasão, além da torre sineira que data do século XVIII;
e finalmente a Igreja de São Sebastião: construída em 1686, a igreja foi dedicada a São Sebastião, protetor da peste, fome e guerra. No século XVII, uma epidemia de febre amarela urbana, a "Colera Morbus", atingiu Olinda. O governador da cidade ordenou que se fizesse uma procissão penitente de São Sebastião para exterminar a peste. A igreja é marcada pelo estilo colonial português com uma imagem do santo protetor no altar.
Não visitamos todas (Ave Maria! São muitas! rsrsrs...). No total, o Centro Histórico de Olinda possui 16 igrejas, 3 fontes, 3 mercados, 4 museus e outras 10 atrações para visitação (ruína, forte, farol, etc...). Das igrejas, ficou faltando a dos Milagres, do Bomfim, da Conceição, da Boa Hora, do Amparo, de São João, do Rosário e do Monte.
Hoje foi mais um dia de história, dessa vez foi religiosa. hehehe...
Fim de tarde retorno à pousada... (o resto vcs já sabem. rsrsrs...).
Amanhã seguiremos para João Pessoa e a narração volta pra sol e mar, prometo! (rsrsrs...). Até...

Imperdível: uma tarde no Mercado São José; um dia no Centro Histórico de Olinda e a macaxeira com carne de sol e queijo coalho na Casa de Noca.

31/07 (domingo) - 13° dia: João Pessoa
Choveu pacas a noite toda e Recife amanheceu alagada (rsrsrs...). Hora certa pra zarpar.
Seguimos até a rodoviária e, após 2 h de viagem, chegamos à João Pessoa (14 h), também debaixo de chuva.
Táxi até a pousada, que fica na praia do Bessa (Pousada Bessa Praia), a 100 m do mar. Deixamos a bagagem e, como parou de chover, saímos para uma caminhada à beira-mar, açaí na tigela e a noite chegou com mais chuva.
Pousada, uma pizza, mimir... até...

01/08 (segunda) - 14° dia: Tabatinga, Coqueirinho, Tambaba e Praia Bela
Depois da chuvarada que caiu a noite toda, o dia amanheceu lindoooo... Show!
Nesta pousada também não servem café da manhã. Agora estamos na baixa temporada e a maioria das pousadas estão desertas (tudo o que eu queria! rsrsrs...).
Café na padaria, alugamos um carro e zarpamos para as praias do sul de João Pessoa. A primeira parada foi na de Coqueirinho, uma enseada maravilhosa de águas claras e quentinhas. De lá fomos caminhando pela praia até Tabatinga, com falésias coloridas, águas calmas e piscinas naturais quentinhas. Um espetáculo!
Na volta, parada no bar do Johny para uma cervejinha (Quézia, essa é pra vc! hehehe...), um ensopadinho de camarão e lagostinhas. Delícia!
Seguimos em direção a Tambaba, primeira praia nordestina destinada ao nudismo. O local é separado em dois blocos divididos por uma barreira natural. A primeira é conhecida como "turístico-familiar", onde o nudismo é opcional. Já a segunda opção é restrita a famílias e casais, onde o nudismo é obrigatório. Adivinha onde ficamos? (hehehe...).
Pra aproveitar bem o dia, ainda fomos conhecer a Praia Bela, uma das últimas da Paraíba. A natureza favorece o lugar, que tem praia de areias brancas, mar verdinho, mangues, falésias ao longe e um riozinho encontrando o mar. Na beira do rio há várias choupanas que servem deliciosos pratos. Optamos por um ensopadinho de peixe com caldinho de polvo e lagosta. Indecifrável!
Na volta à João Pessoa, passamos pela Ponta do Seixas, que é local mais oriental do Brasil. Amanhã iremos ver o raiar do dia, que aqui será às 5:32 h. Só pra ter uma ideia, na minha cidade, a saudosa Apiúna (rsrsrs...), o dia vai raiar às 6:56 h. Massa isso né? Amei!
Então pessoal, boa noite que amanhã vou madrugar... Até...

02/08 (terça) - 15° dia: Dia de sol e Centro Histórico
Nossa! Fazia maior tempão que eu não via o sol raiar. Um espetáculo imperdível mesmo! Ainda mais sabendo que fui umas das primeiras pessoas no Brasil a contemplar essa maravilha, showwww...!
O lugar também é especial: do alto de uma colina ao lado do Farol do Cabo Branco, o extremo oriental leste das Américas, onde o sol e a lua raiam primeiro. Lindoooo....
Parada para um café e retornamos à pousada. Cintia fez as malas e partiu para SC (só podia ficar 15 dias). Valeu! Obrigada pela companhia.
Aproveitei a resto da manhã e fui dar uma caminhada na orla, cortei o cabelo e fui almoçar no centro com o Júnior, novo colega de São Paulo.
Visitei as igrejas de Nossa Senhora do Carmo, de São Francisco e a Basílica de Nossa Senhora das Neves, padroeira de João Pessoa. Dessa vez vou ficar só nessas (rsrsrs...), mesmo porque passava das 16 h e eu queria assistir o pôr-do-sol na praia do Jacaré (dia de sol!). Diz-se que aqui o pôr do sol ganhou trilha sonora e foi isso que aconteceu, enquanto o astro-rei dava seus "últimos suspiros", um violinista e um saxofonista entoavam, nada mais, nada menos, que Bolero (de Ravel), fechando o dia e minha estada em terras paraibanas com chave de ouro. Yuhúúú...
Tive o prazer de conhecer a Mary e o Cody, também de SP. Eles estão indo pra Rio Grande do Norte e combinamos de nos encontrar em Pipa, quem sabe...
Amanhã sigo pra Natal... Até...

Imperdível: praias de Coqueirinho e Tabatinga pela manhã para aproveitar as piscinas naturais e também e Praia Bela antes das 15 h (maré cheia); camarão ensopado no bar do Johny, em Coqueirinho; nascer do sol na Ponta do Seixas e o pôr na Praia do Jacaré, não deixem de ir.

03/08 (quarta) - 16° dia: Natal
Acordei meio tarde, pra recuperar o sono perdido (levantei às 4 h, aich!!! rsrsrs...). Corri pra tomar um café, pois meu ônibus pra Natal saia às 11:30 h. Antes de seguir até a rodoviária ainda dei uma passada no Mercado de Artesanato pra colocar João Pessoa na coleção de imãs.
Após 3 h de viagem cheguei a Natal e segui de táxi até o albergue na praia de Ponta Negra (Lua Cheia Hostel), considerado um dos melhores do Brasil, com padrão internacional. Sua arquitetura é em formato de castelo medieval, circundado por um fosso com direito à ponte levadiça, o que faz dele uma atração à parte. O castelo conta também com um pub bar, nos mesmos moldes do restante da sua construção. Show!
Depois de instalada, um banho e umas voltas pela orla pra fazer um lanchinho (estava só com o café da manhã). Acertei com o pessoal do hostel o passeio de amanhã, que será para a praia de Pipa. Blog e mais tarde, quem sabe, o pub. Até...

04/08 (quinta) - 17° dia: Pipa
O pub de ontem "miou" (rsrsrs...). O agito começa sempre depois das 23, 24 h e eu, além de estar super cansada (esses dias de transição entre uma capital e outra me "quebram as pernas"! rsrsrs...), teria que levantar cedinho, pois o passeio pra Pipa sairia às 8:30 h. Então, escolhi estar em forma e sem ressaca pra aproveitar umas das 10 praias mais belas do Brasil.
Moradia de golfinhos e tartarugas, Pipa pertence ao município de Tibau do Sul e é conhecida por esse nome porque a Pedra do Moleque, situada no ponto mais extremo da praia do Amor, parece ao longe como um barril de vinho ou cachaça, popularmente chamado de pipa. Talvez venha daí sua propriedade de "entontecer" os aventureiros e turistas do mundo todo que, logo na chegada, ao longo da estrada, já se deparam com praias de águas claras, imensos coqueirais, piscinas e mirantes naturais, imponentes falésias ainda cobertas pela Mata Atlântica, dunas branquíssimas, enseadas e despenhadeiros.
Eu, uma família de Bahianos, outra do Rio, um casal de Minas e a Mari, de Rondônia/Brasília, agora Natal (rsrsrs...), contratamos uma lancha que nos levou para conhecer as praias que pertencem a Pipa: Cacimbinhas, do Madeiro, dos Golfinhos, do Centro e do Amor. Um visual incrível visto do mar, com direito a companhia de vários golfinhos. Mais uma vez fico sem palavras para descrever a sensação de estar diante desse bichinho maravilhoso. Emocionante mesmo!
Pausa para almoço, um rolé pelas ruazinhas da cidade pra colocar Pipa na coleção de imãs, uma caminhada mais demorada pela praia para fotos e Antônio, nosso guia, nos chamou para uma visita ao mirante da Praia do Amor, onde se encontra a "Pedra do Moleque que solta Pipa" (acabei de inventar esse nome. rsrsrs...). Algumas fotos mais e zarpamos de volta a Natal, com parada na feirinha de artesanato (mais imãs) e sorvete de tapioca e mangaba (uma delícia).
Banho, descanso e...
Amanhã irei fazer o passeio de buggy para Genipabú. Até...

05/08 (sexta) - 18° dia - Genipabú
Mil desculpas pessoal, mas fiquei sem conexão até hoje e... adivinhem porque? Vejam abaixo e deliciem-se...
Dei uma voltinha no pub noite passada, pois a programação era de blues (A-DO-RO!) e a banda que tocava era ótima!
Acordar, café e às 9 h eu, o Renato, de Santo André (que está no mesmo hostel) e mais um pessoal de Floripa (ôôô... terra adorada!) partimos para nossa aventura de buggy. Os bugueiros fazem a alegria da “turistada” com várias manobras radicais nas dunas, parando uma vez aqui, outra ali, para curtir o visual de lagoas e praias. Foram 9 praias no total: Redinha, Santa Rita, Genipabú, Barra do Rio, Graçandu, Pitangui, Jacumã, Porto Mirim e Muriú. Em Genipabú fiz um “esquibunda” numa duna de uns 10 m, parando dentro de uma piscina artificial que serve como freio. Mais adiante fiz um mais “punk”, de uns 30 m, onde vesti um “cuecão” de lona encerada (pra não assar a “poupança”, rsrsrs...) e escorreguei por uma lona bem molhada (dessas azuis) estendida por toda a duna, pegando uma velocidade incrível, tendo como freio uma piscina natural lá embaixo. Nessa também fiz um “aerobunda” showwww! Só radicalizando eu hoje. rsrsrs...
Parada para almoço regado a peixe e camarão em Muriú, mais manobras radicais de buggy e terminei o dia numa piscina natural em meio às dunas, com choupanas e cadeiras dentro d’água, tomando uma cervejinha bem gelada. Desce uma, desce duas, desce mais...
Chegando a Natal, fui caminhar pela praia de Ponta Negra (ainda não havia feito isso, rsrsrs...), uma água de coco com visual para o Morro do Careca e decisão tomada para o próximo passeio: tchan, tchan, tchan, tchaaaaannnnn.... FERNANDO DE NORONHA! Ebaaaaa.....
Eu estava, desde que cheguei aqui, na maior pilha pra ir conhecer essa maravilha, mas essa despesa (que não é pequena), não estava em meu orçamento, afinal, ainda tenho que chegar a Maranhão. Mas depois de muito pesquisar e pechinchar, consegui vaga para passar 4 dias e 3 noites a um preço bem acessível. Quer mais? Não tem como dizer não, né? Showww...
Renato decidiu ir junto e fomos ao shopping comprar snorkel (indispensável em Noronha) e uma bag à prova d’água para a máquina. Lanche, retorno ao hostel, arrumar a mochila (não ia levar aquela mala enorme! Pra lá somente bermudas, camisetas, maiô, chinelo e deu... rsrsrs...). Até...

Imperdível: passeio de lancha em Pipa para ver os golfinhos; radicalizar com os buggys nas dunas de Genipabú; não deixem de fazer o esqui e o aerobunda nas dunas.

06/08 (sábado) – 19° dia – Fernando de Noronha
Café cedinho (voo saia às 11 h), ônibus até aeroporto, check-in e... voo atrasou, afff... Estava ansiosa pra caramba, não via a hora de chegar a Noronha! Embarcamos já perto das 13 h e, como lá o fuso horário é de mais 1 h, chegamos às 15 h, com um sobrevoo ao redor da ilha que me fez chorar de tanta emoção. O visual é absurdamente LINDOOOOO...! E foi assim, entre lágrimas de felicidade, que pisei pela primeira vez em Noronha. Yuhúúúú....
Uma van me aguardava no aeroporto e me levou até a pousada na Vila dos Remédios (pousada Gingas). Deixei a mochila, coloquei o maiô, peguei o snorkel e zarpei para a praia mais próxima, conhecida como praia do Cachorro (coincidência né Kely? Deixei minhas pequenas com ela. Estou morrendo de saudades... rsrsrs). Do lado esquerdo fica a praia do Meio e da Conceição e do direito, nas rochas, há uma piscina natural esculpida em pedra, chamada de Buraco do Galego, de aproximadamente 2m de diâmetro por 4m de fundo com vários pequenos peixes coloridos. Passei o resto da tarde brincando dentro deste poço, saindo somente para apreciar o belíssimo pôr do sol que só Noronha pode nos proporcionar. Showwww...
Voltei à pousada, banho e um rolé pelo centrinho da cidade, que está todo enfeitado devido às comemorações dos 508 anos de Noronha (dia 10).
Tapioca com suco de graviola assistindo a uma apresentação de Maracatú.
Retorno à pousada e mimir. Amanhã será um dia cheio... Até...

07/08 (domingo) – 20° dia – Fernando...
Após o café, fui até o porto onde peguei um barco para conhecer as praias do Mar de Dentro de Noronha (viradas para a costa brasileira):
Baía e Porto de Santo Antônio: o porto é um ancoradouro natural usado como descarga de produtos vindos da costa, pois em Noronha não há produção de nada. Os navios ficam a 500m da praia, porque há uma embarcação grega - o navio Eleani Sthatathos - afundada no porto, que impede a atracação de grandes navios. Nas proximidades está o Forte de Santo Antônio, bastante arruinado. É a primeira das fortificações da ilha principal e seu nome batizou toda a região. Também pode ser visto o que resta do primeiro molhe erguido durante a guerra, para descarregamento de canhões. Na Baía passamos por vários golfinhos rotadores que deram um espetáculo à parte com vários saltos e giros no ar
Praia da Biboca: não é uma área para banhos, pois é formada por pedras negras, que comprovam a origem vulcânica da ilha. Localizada abaixo da Fortaleza dos Remédios, permite caminhadas na maré seca, apesar das dificuldades que apresenta. Muitos vestígios de naufrágios costumam ser encontrados.
Praia do Cachorro: leva este nome porque possuía uma fonte com a cara de um cachorro, em bronze e que foi roubada. Uma das histórias contadas pelos nativos com grande entusiasmo, pois em Noronha o índice de criminalidade é praticamente “zero”. Há também uma bica de água doce, que é uma atração a mais, uma parte do Terminal Turístico, onde se localizam feirinhas típicas e as muralhas do Parque de Sant'Ana na parte alta. Esse forte foi o primeiro a ser desativado e transformado em Arsenal de Marinha no começo do século passado. Nas suas pedras os pescadores costumavam salgar o peixe, vindo daí o apelido de "Salgadeira".
Praia do Meio: pequena extensão intermediária entre a praias do Cachorro e da Conceição, é uma praia de águas mansas e piscinas em pedras, nos períodos de mar calmo, e agitada e proibida para banhos nos períodos de ressaca. No limite com a praia e a ilhota da Conceição está o "Pião", uma pedra de grandes proporções, equilibrada em pedras menores, comprovando que não existem tremores de terra em Fernando de Noronha.
Praia da Conceição ou de Italcable: situada no sopé do Morro do Pico, é uma praia de grandes proporções, bastante procurada pelo seu fácil acesso. O nome decorre da existência do Forte de Nª Sª da Conceição, do século XVIII, transformado em hospital no final do século passado. Em 1925, nessa praia se instalaram os italianos da ITALCABLE, para as ações de telegrafia submarina a cabo, vindo daí a sua segunda denominação.
Praia do Boldró: reservada no passado para os americanos, instalados nas suas proximidades com o Posto de Observação de Teleguiados. Na maré alta, suas ondas são um convite ao surfe. Na maré seca, caminha-se sobre pedras e por longa extensão de areia. No alto da falésia, fica o Forte de São Pedro do Boldró, um excelente mirante e uma das fortificações do sistema implantado no século XVIII.
Praia do Americano: pequena e deserta, é procurada exatamente pela sua privacidade. No período militar, esta praia também era reservada, sendo proibido seu uso por ilhéus.
Praia do Bode: um caminho antigo, em pedras, leva a essa praia calma, com piscinas também em pedras, onde uma de grandes proporções (a Pedra do Bode) serve como mirante.
Praia da Quixabinha: uma praia pequena e sossegada na vazante, mas muito agitada na maré alta, sendo excelente para banhos.
Praia da Cacimba do Padre: uma das maiores praias da ilha em extensão. Tem como atração maior o Morro Dois Irmãos, duas elevações semelhantes, à beira d'água. O nome primitivo era Praia da Quixaba. A descoberta, em 1888, pelo capelão do presídio, de uma fonte de água potável fez com ela passasse a ser chamada dessa outra forma. Próximo à antiga Vila existe as evidências de uma das baterias da II Guerra Mundial.
Baía dos Porcos: uma área de pequenas proporções, lindíssima, quase sem extensão de areia, é formada por pedras que são verdadeiras piscinas de peixes coloridos, limitadas pelo alto paredão de pedras pretas, tendo, em frente, o Morro dos Dois Irmãos. Na parte alta, está o Forte de São João Baptista dos Dois Irmãos, a última fortificação deste lado da ilha.
Baía do Sancho: de águas límpidas e fundo de areia, é uma das poucas que permite a parada de embarcações para banho, sem causar danos aos corais. Isolada, é limitada por uma falésia acentuada, mirante natural de onde se tem um belo visual da paisagem. Pode-se chegar de duas maneiras: pelo mar, de barco ou pela escadaria encravada dentro de uma fenda na rocha. Qualquer das formas é sempre uma deliciosa aventura. Coberta de vegetação e repleta de ninhos de aves, essa baía situa-se na área do Parque e por isso possui fiscalização constante.
Baía dos Golfinhos: a mais notória atração de Fernando de Noronha, essa baía é local de acasalamento e descanso dos golfinhos, sendo considerada "o maior aquário natural do mundo em animais dessa espécie". O acesso à Baía é proibido, limitado por bóias e cordas. Chamados "marsuínos" em livros antigos e "tuninhas" entre os presos, os golfinhos rotadores podem também ser vistos do alto da Baía, no Mirante dos Golfinhos.
Praia da Sapata: (tudo a ver! rsrsrs...). Nessa ponta da ilha principal, está a vegetação nativa da ilha, não mexida por ser uma região íngreme e não habitada. Uma abertura de lado a lado na falésia é chamada de "portão" e, de alguns ângulos, assemelha-se ao mapa do Brasil. É um dos lugares preferidos para mergulhos.
Na volta parada no Sancho para mergulho e atracamos por volta de meio dia. Almocei um delicioso peixe grelhado no quiosque da Regina e fiquei curtindo a praia até o sol dar uma “esfriada” (meu “bronzeado palmito” não me permite abusos solares, rsrsrs...). Aluguei um pé de pato, coloquei a máquina dentro do saco estanque e passei a tarde flutuando e fotografando o naufrágio, em meio a peixes coloridos, tartarugas e arraias. Quando sai percebi que havia água dentro do saquinho e minha máquina não ligava mais (foi pro "be-le-léu"! affff....rsrsrs...).
Final do dia fui apreciar mais um “estonteante” pôr do sol no Forte dos Remédios (tarefa obrigatória aqui em Noronha).
Descanso, jantar e, daqui a pouco, pagode na pizzaria da Igreja.
Até...

08/08 (segunda) – 21° dia: Noronha...
O pagode foi até as 2 da matina e acordei já passava das 10 h (perdi o horário do café, rsrsrs...). João, dono da pousada, fez a gentileza de preparar dois sanduíches e um café (valeu João!).
Peguei meus equipamentos básicos (snorkel e pé de pato) e zarpei para a praia Sueste, que fica no Mar de Fora (praias viradas para a costa Africana), dessa vez para uma grande possibilidade de avistar tubarões (hehehe...). Aluguei um colete e cai na água. Tive o privilégio de nadar por um longo trecho com várias tartarugas, que flutuavam ao meu redor. Uma, mais curiosa, ficou cara a cara comigo me observando por alguns instantes e, meio que dizendo “venha comigo”, tocou minha mão (chorei de emoção pela segunda vez). Segui-a por um bom tempo em meio aos corais até uma pequena formação arenosa e... tcharããããã... lá no cantinho, bem escondidinho, estava um tubarão. Ave Maria! Não sei explicar o que senti nesse momento. Foi um misto de surpresa, medo, curiosidade... sei lá! Fiquei observado-o por alguns momentos, imóvel, meio que paralisada pelo medo (eu né? Pois ele, acho que estava dormindo e não estava nem aí pra mim, rsrsrs...). Lembrei do filme “Tubarão” e, sem respirar, saí de fininho (kkkkk....). Minha “guia tartaruga” estava ali pertinho beliscando algumas algas. Sorri meio que agradecendo, me despedi e nadei de volta até o quiosque de apoio. Uma água de coco para hidratar e segui para a Praia da Cacimba com Renata, de São Paulo, que conheci no ônibus. Começamos nossa caminhada na praia do Bode, passando pela Cacimba, com os imponentes morros Dois Irmãos até um paredão de pedras que divide a Cacimba da Baía dos Porcos. Subimos o paredão por uma trilha em meio às pedras e... Gente! Vocês não imaginam o cenário que se descortinou quando começamos a descer: uma baía de águas verde esmeralda de uma beleza fascinante. Fiquei hipnotizada com o visual e chorei de emoção pela terceira vez (Noronha é incrível! Sentimentos inexplicáveis). Passamos a tarde naquele cantinho do paraíso, mergulhando e tomando sol...
Mais um belíssimo pôr do sol no Forte do Boldró, onde chorei de emoção pela quarta vez (meu último pôr do sol em Noronha, yuhúúúú...), e voltamos caminhando à pousada.
Jantar e Maracatú com Forró no Bar do Cachorro, onde o papo foi sobre as tartarugas que botavam a cabeça pra fora d'água pra "beber água", do lado da ilha que fica no oceano pacífico a poucos quilômetros da Ilha de Páscoa. Será que "fumamos um"? kkkkkk... O mar levou minhas havainas (sniffff...). Até...

09/08 (terça) – 22° dia: Noronha... Fernando...
Apesar do forró ter ido até às 3 da matina, acordei cedo para aproveitar meu último dia em Noronha. Tomei café rapidinho e corri até a praia pra ver se encontrava minhas havaianas. Perguntei a um pescador que puxava uma rede cheia de sardinhas e ele indicou um canto da praia que, se “Fernando” quisesse devolver, estaria ali. E não é que “bichinha” estava lá mesmo? Ebaaaa... voltei super feliz à pousada (rsrsrs...). Renata e Renato estavam à minha espera e zarpamos de “táxi buggy” para o Mirante da Baía dos Golfinhos, onde pudemos ver vários deles saltando e girando no ar. Os golfinhos encontrados em Noronha pertencem à espécie Stenella longirostris e são conhecidos como golfinhos-rotadores, por girarem em torno do próprio eixo quando saltam fora d’água. Showww...
Seguimos por uma trilha em cima da encosta passando por paisagens incríveis, com o mar, às vezes azul, às vezes verde, a nossos pés. Passamos pela maravilhosa praia do Sancho e seguimos até o mirante da Baía dos Porcos com o Morro Dois Irmãos e, mais uma vez, fiquei boquiaberta com tanta beleza. Tempo para curtir o visual...
Voltamos pelo mesmo caminho até as escadas encravadas na rocha e descemos com cuidado até a praia do Sancho, que estava praticamente deserta (maravilhoso!). Ficamos curtindo a praia até o começo da tarde, voltamos à pousada, beijinhos de despedida em Renata, arrumar as malas e aeroporto (voo saia às 18 h). Valeu Noronha, você é linda demais da conta!
Chegando a Natal, dei uma passadinha no shopping pra comprar uma nova câmera (aich...), jantar, hostel e descanso. Amanhã saio cedo pra Fortaleza. Até...

Imperdível: FERNANDO DE NORONHA POR INTEIRO!

10/08 (quarta) – 23° dia: Natal / Fortaleza
O dia foi todo de viagem. Saí de Natal às 9 h e cheguei a Fortaleza quase às 18 h super cansada. Fui direto pro hotel na praia de Iracema (Hotel Poyares), pedi um lanche e cama... Até...

11/08 (quinta) – 24° dia: Fortaleza
Acordei meio indisposta, acho que a gripe vai me pegar... Ave!
Fiquei de cama a manhã toda e à tarde fui dar uma caminhada pela praia de Iracema, almoço tardio, feira de artesanato e volta ao hotel. Amanhã, se estiver melhor, irei a Canoa Quebrada. Até...

12/08 (sexta) - 25° dia: Fortaleza
Nossa, a gripe me pegou mesmo! Fiquei praticamente o dia todo de cama. Final da tarde uma caminhada pela praia pra não "encarangar" (rsrsrs...), hotel, lanche e, após um chá, descanso... Até...

13/08 (sábado) - 26° dia: Fortaleza / Canoa Quebrada
Acordei um pouco melhor (Graças!). Aluguei um carro e, perto do meio dia, zarpei pra Canoa Quebrada, distante uns 175 km de Fortaleza. Cheguei já perto das 15 h, uns rolés pela vila, almoço tardio e bater pernas atrás de uma pousada, pois resolvi passar a noite por aqui. Achei uma bem em conta (Pousada Vila Surf Beach), localizada de frente pro mar (showwww...!!!). Descarreguei as malas e fui ver o pôr do sol à beira-mar, ao lado de um barzinho bem maneiro. Com uma banda tocando reggae, curti um pôr do sol maravilhoso e o nascer da lua cheia mais maravilhosa ainda. Valeu "mamãe natureza", você é demais!
Pousada, banho, blog, descanso...
Mais tarde haverá um show com três bandas no centrinho. Acho que vou... vou sim... quero sim... posso sim... hehehe... Até...

14/08 (domingo) - 27° dia: Canoa Quebrada / Fortaleza
O "arrasta-pé" foi até às 4 da matina. Nossa! Fazia maior tempão que não ia dormir tarde assim. Havia conhecido uma galera da Argentina no boteco do reggae e reencontrei-as no "fervo" (coloquei meu "portunhol" em dia. Valeu meninas!).
Devido a isso dormi até quase meio dia e perdi o café da manhã pela segunda vez nessa viagem (rsrsrs...). Passei o começo da tarde caminhando pela praia de Canoa Quebrada. A povoação de Canoa Quebrada nasceu a partir do pequeno povoado de Esteves. Descoberta na década de 1960 por cineastas franceses do movimento "Nouvelle Vague", a povoação sofreu um choque de culturas, que resultou num sentimento de liberdade que ali impera até hoje. Reza a tradição local que, de dia, os franceses trabalhavam duro e, à noite, se entregavam a diversão. Por essa razão, uma lua e uma estrela, esculpidas nas falésias, tornaram-se o símbolo do local. Outra versão dessa tradição local narra que, na equipe de filmagem, existia um marroquino, de crença islâmica, que sentindo remorsos pelas continuadas farras noturnas, desejava o perdão de Alá. Para se redimir da culpa, mandou esculpir, nas falésias, a lua e a estrela, hoje ícones locais.
Duas versões disputam a honra de dar o nome à vila de Canoa Quebrada. A mais conhecida diz que, quando o capitão Francisco Soares da Cunha vinha de Portugal mapear o povoado de Aracati, ao chegar a Ponta Grossa no Icapuí, o barco dele furou. Procurando onde pudesse consertá-lo, o navegador acabou aportando em Ponta do Estevão (hoje chamada de Canoa Quebrada). Estando seu barco em péssimas condições, doou-o ao mestre Simão, que morava em Aracati. Simão trouxe alguns homens para destruir o barco e, ao chegar, espantaram-se com o tamanho da embarcação, dizendo: é uma Canoa Quebrada! Ficando aí registrado o nome deste maravilhoso lugar. Outra versão, defendida pelo historiador Hélio Leal, diz que o nome seria uma adaptação de Coroa Quebrada, numa referência à topografia da costa da região. O termo coroa é citado em um documento que registra os fortes portugueses construídos no Nordeste brasileiro. Esta tese ganha força se registrarmos que outras localidades (como Jericoacoara) têm versões da origem de seu nome ligadas a acidentes geográficos.
Uns rolés pela "Broadway" (famoso calçadão de Canoa, rsrsrs...) pra colocar a vila na coleção de imãs e zarpei de volta pra Fortal, parando na praia de Morro Branco, que também possui muitas falésias coloridas, para almoço com pirão e peixe frito. Cheguei no final da tarde e passei na locadora pra devolver o carro. Napoleão (dono da locadora) me levou de volta ao hotel, não sem antes me dar dicas preciosas de como ir a Jericoacoara da maneira mais fácil: não precisaria ir até a rodoviária para pegar o ônibus, poderia ir com um que sai da Av. Beira Mar, pertinho de onde estou. Showww...! Valeu Napoleão! Pelo menos uma pessoa para dar informações corretas aqui, coisa que não havia conseguido até agora. Galera, fica a dica: vindo a Fortal, querendo alugar um carro, procurem a locadora Maré, do Napoleão. MGB! (Mó Gente Boa - essa é das "gringas" do forró, rsrsrs...).
Comprei passagem, tapioca de carne de sol, água de coco, hotel, banho e mimir. Amanhã sigo cedo pra Jeri (rimou! rsrsrs...). Até...

15/08 (segunda) - 28° dia: Fortaleza / Jericoacoara
Pulei cedinho da cama (ônibus saia às 9 h), café e táxi até o Praiana Hotel. 4 h de ônibus até Jijoca de Jericoacoara + 1 h de Jardineira até Jeri (prepare-se para 1 h de muito sacolejo por estradinha de terra e areia), distante 24 km de Jijoca, pois em Jeri só se chega de 4x4 e olhe lá!!! (rsrsrs...).
Logo na chegada me ofereceram uma pousada bem em conta (Pousada do Tirinha), e foi nesta que fiquei mesmo, pois não estava afim de andar com minha "enorme mala" atrás de pousadas, já que em Jeri não existem ruas, tudo é AREIA! (rsrsrs...). Aliás, outra curiosidade daqui é que não existem aqueles postes ridículos cheios de fios emaranhados, que atrapalham as nossas fotos. Todo o cabeamento vem via subterrânea. Show!!!
Almoço tardio com um casal de novos amigos de Curitiba (José e Maria) e caminhada pela praia até o final do dia, com direito a um belíssimo pôr do sol apreciado do alto da famosa "Duna do Pôr do Sol". Fantástico!
Corri duna abaixo e me atirei no mar... (e eu ainda penso nela...).
Pousada, banho e descanso...
Sai para uma caminhada e... quem encontro? As "gringas" malucas (kkkk...). Combinamos de sair mais tarde pra jantar...
Amanhã faremos um passeio de buggy pelas lagoas. Até...

16/08 (terça) - 29° dia: Jeri...
O jantar com as gringas foi num restaurante árabe hiper maneiro que encontramos (Káfila). Me fartei de falafel, homus, babaganuj, coalhada e pão sírio. Uma de-lí-cia! (estava com saudades desse sabor, showww...!!!).
Acordei cedo, encontrei José e Maria para o café e partimos para nosso passeio de buggy pelas lagoas de Jeri. As lagoas, aliás, são as melhores "praias" daqui, com areias finas e águas cristalinas em diversos tons de verde e azul. A principal é Jijoca, dividida em duas partes: Lagoa Azul, a primeira que visitamos, é bem rústica e com barracas simples; e a segunda que é a Lagoa do Paraíso, com pousadas confortáveis e restaurantes que oferecem redes e espreguiçadeiras dentro d'água. Passamos boa parte do tempo nesse Paraíso.
Na volta ainda passamos pela Lagoa do Coração e por diversas dunas ao longo do trajeto até o ponto final dos bugueiros, onde começa a caminhada para a Pedra Furada. Esculpida pela natureza via ondas do mar, a Pedra Furada é uma formação rochosa encravada na Praia de Jeri, a 4 km da vila. É o símbolo que caracteriza a famosa praia, hoje internacionalmente conhecida como umas das mais bonitas do nosso planeta. A caminhada dura cerca de 1 h e, depois de curtir o furo da pedra (rsrs...), mais 1 h até a aldeia.
Almoço tardio, descanso e mais um pôr do sol maravilhoso. Este foi especial, pois a aldeia estava sem energia e o céu ficou repleto de estrelas. Obrigada mamãe natureza. A cada dia sempre um novo espetáculo!!!
Uma... duas... três cervejinhas com Maria e José (amanhã eles voltam à Fortaleza).
Um banho e lá fui eu me divertir com as gringas de novo (amanhã elas partem pro Amazonas. Valeu meninas. Adorei conhecê-las!).
A aldeia está repleta de turistas vindos, na sua maioria, da Europa. Muitos italianos e franceses fazem a festa nos diversos bares da vila (e dá-lhe "caipirrrrrinha! rsrsrs...). Na realidade, quem está se sentindo uma estrangeira aqui sou eu! (rsrsrs...). Até arrisco um pouco meu italiano: "Sono felice di essere qui".
Até...

17/08 (quarta) - 30° dia: ...Coacoara.
Hoje tirei a manhã para relaxar, sem compromisso de passeio, sem compromisso de nada..., só comigo mesma (rsrs...). Dormi até mais tarde e levantei super animada pra caminhar. Me despedi de José e Maria e parti para uma longa caminhada à beira mar, curtindo o visual, parando uma vez aqui, outra ali para um refrescante mergulho.
Jericoacoara foi transformada em Área de Proteção Ambiental em 1984, e posteriormente em Parque Nacional, em 2002, preservando uma área de cerca de 200 quilômetros quadrados repleta de dunas douradas, mangues e lagoas de águas transparentes.
Uma das especulações sobre a origem do nome da aldeia diz que, em tupi-guarani, Jericoacoara significaria “jacaré quarando ao sol” e que a Pedra Furada, vista do mar, seria o olho de um gigantesco jacaré, cujo corpo seria o Serrote, pequena serra de formato peculiar que fica ao lado da aldeia.
Regressei já perto das 15 h, almoço tardio, uma ducha e lá fui eu para mais caminhada, dessa vez para curtir o pôr do sol na Pedra Furada. Essa caminhada é organizada pelos guias locais e sai todos os dias às 16:30 h defronte o restaurante da Amélia, com duração média de 40 minutos.
Entre junho e julho, o sol, ao se pôr, encaixa no “olho” da pedra, atraindo milhares de pessoas para o lugar (pena já estarmos em agosto. rsrsrs...). De uma forma ou de outra, o pôr do sol aqui em Jeri é sempre um espetáculo! Yuhúúú...
Voltei devagar à aldeia, curtindo I’ll Be Around, da Joan Osborne (propícia para a ocasião).
Arrumar as malas, pois amanhã sigo cedinho de toyota pela praia até Camocim e depois Parnaíba, já no Piauí. Ebaaaa...
Até...

Imperdível: passeio de buggy pelas lagoas Azul e Paraíso; pôr do sol nas dunas e na Pedra Furada; uma noite árabeno Káfila.

18/08 (quinta) - 31° dia: Jeri / Paulino Neves
Café e às 7 h peguei o toyota que me levaria até Camocim. O trajeto sai de Jeri e vai pela praia por cerca de 50 km até Camocim, passando por duas balsas (uma a remo e outra a motor). Prepare-se para uma aventura diferente, com muito sacolejo por entre dunas e mangues, pois o motorista é super-radical (rsrsrs...). Cheguei em Camocim às 9:30 e de lá segui de van (elas ficam esperando logo na saída da balsa) para Parnaíba, distante cerca de 120 km. Pretendia conhecer o Delta do Parnaíba, o único das Américas e um dos únicos no mundo em mar aberto, mas o valor do passeio conseguiu ser mais caro que Noronha, R$ 650,00 por pessoa com hospedagem + o barco que te leva até lá (isso com um só dia de hospedagem). Vô não, posso não... (rsrsrs...). Dessa forma Piauí ficou pra trás...
Com a mudança de planos, corri até o local de onde saia o ônibus para Paulino Neves, ponto final da linha e já no estado do Maranhão, região conhecida como Pequenos Lençóis, chegando por volta das 18 h.
O cobrador, muito atencioso, indicou-me uma pousada bem legal (Pousada Rota dos Lençóis - suz.reis@hotmail.com), pois eu estava sem opção de hospedagem por aqui.
Depois de instalada, um banho, um lanche (passei o dia à base de waffer, pipoca e água, rsrsrs...) e um bom papo com Suzana (dona da pousada) com preciosas dicas de como chegar a Barreirinhas e o que fazer nos próximos dias. Valeu Suzana!
Aqui também encontrei dois motociclistas de Floripa (Adelson e Zé), que saíram de SC no começo do mês e fizeram todo o litoral brasileiro de moto, percorrendo mais de 6.000 km. Agora estão voltando pelo interior. Uma aventura e tanto! Valeu rapazes!
Até...

19/08 (sexta) - 32° dia: Paulino Neves / Barreirinhas
Às 10 h parti de toyota em direção à Barreirinhas, distante 40 km de Paulino. O trajeto é todo por meio de dunas e pequenas ruelas de areia, muitas vezes passando por dentro de grandes poças d'água. Só de 4x4 mesmo pra passar por lá (e dá-lhe sacolejo!). Após 2 h de muita areia e plantações de caju (isso mesmo, viemos a 20 km por hora, rsrsrs...), cheguei à Barreirinhas (segundo Renata, "Bizarreirinhas". MALDOSA! rsrsrs...).
Hospedagem na Pousada Vitória do Lopes, lanche e acertei meu primeiro passeio para hoje: caminhada pelos grandes Lençóis. Parece incrível que num país tropical, conhecido pelas belas praias e florestas, exista um deserto: Lençóis Maranhenses. Porém, este deserto é diferente, pois entre as vastas dunas de areia estão lagoas verdes e azuis, formando uma verdadeira visão de oásis. Esse espetáculo da natureza só é possível graças às chuvas que caem aqui no primeiro semestre do ano e que alimentam as lagoas do vasto deserto dos Lençóis, que se estende por uma área equivalente ao município de São Paulo (um só de cimento, outro só de areia. Qual vc prefere? hehehe...).
De toyota novamente, sacolejando de novo (rsrsrs...), segui por aproximadamente 1 h até o ponto de partida para a caminhada que me levaria até as quatro principais lagoas de Lençóis. A primeira foi a da Preguiça, de águas mornas para um relaxante mergulho; a Esmeralda foi a segunda (mais mergulho); em terceiro veio a Azul, a mais bonita e onde curti um banho mais demorado e por fim a última, a do Peixe, única com água o ano inteiro.
Entre um mergulho e outro, conheci Henry e Rafael, de Belém e Marcelo e Mônica, de Goiânia. Super - Hiper - Ultra MGB! (hehehe...).
Ficamos de papo e mergulho até o fim da tarde e, neste clima de "deserto molhado", curtimos um pôr do sol maravilhoso! (lindo... lindo... lindo!!!).
Jantar no Restaurante Canoas (um risoto de frutos do mar que foi uma delícia! rsrsrs...), forró e descanso...
Amanhã combinamos de fazer o passeio de barco pelo Rio Preguiças.
Até...

20/08 (sábado) - 33° dia: Barreirinhas
Café e segui até o pier para pegar a voadeira que nos levaria pelo Rio Preguiças até a vila de Caburé. Encontrei Monica, Marcelo, Rafael e Henry e lá fomos nós com o guia-piloto Claudio (muito simpático e atencioso) rio abaixo. Passamos por um canal feito a "enxada" nos anos 40 para encurtar em cerca de 8 km o trajeto dos pescadores que iam em direção ao mar, e por igarapés sossegados até nossa primeira parada em Vassouras, já nos Pequenos Lençóis. Caminhada por dunas, banho de piscina, água de coco, muitas fotos e seguimos até Mandacaru, uma pequena vila de pescadores onde a maior atração é um Farol de 54 metros de altura construído em 1909 que, além de orientar a navegação pelo Rio Preguiças, oferece ao visitante uma vista panorâmica de toda a região (vale à pena subir os 11 andares. rsrsrs...).
De lá fomos até a praia de Caburé, uma península com luz movida a gerador, onde há várias pousadas e restaurantes (uma ótima opção para quem deseja muito sossego). Está situada às margens do Rio Preguiças e de costas para o oceano, um delicioso refúgio que proporciona ao visitante tomar um banho de mar e, em poucos passos, tirar o sal do corpo na água doce do rio. Show!
Nesse local pedimos nosso almoço e Claudio ainda nos ofereceu um passeio até a foz do Rio Preguiças, com parada num banco de areia bem no meio do encontro das águas do rio com o mar. Desembarcamos e ficamos ali curtindo aquele cenário incrível, rodeados de água por todos os lados. Fantástico!
Na volta ainda tivemos a oportunidade de avistar os guarás vermelhos, uma ave que já esteve na lista dos animais ameaçados de extinção. Mede cerca de 60 cm, com bico fino, longo e levemente curvado para baixo. A plumagem é de um colorido vermelho muito forte, por causa de sua alimentação ser à base de caranguejo que possui um pigmento que tinge suas plumas. Uma ave de rara beleza. Valeu "mamãe natureza"!
Almoço e retorno para Barreirinhas já no final da tarde.
Pizza e despedidas (meninoooossss... me aguardem em Belém ano que vem! kkkk...)
Amanhã sigo para São Luis.
Até...

Imperdível: passeio e banhos pelas lagoas dos Grandes Lençóis e pelo Rio Preguiças; risoto de frutos do mar no Canoas.

21/08 (domingo) - 34° dia: Barreirinhas / São Luis
Peguei carona com Marcelo e Monica até São Luis, distante cerca de 260 km de Barreirinhas. Chegamos já passava do meio dia. Hospedagem à beira mar na praia do Calhau (hotel San Fernando) e saímos para almoço à base de Caranguejo (comi rezando, como diz Henry, rsrsrs...).
Passamos a tarde curtindo a praia e mais um pôr do sol maravilhoso. Terminamos o dia num barzinho ao som de MPB.
Até...

22/08 (segunda) - 35° dia: São Luis
Após café partimos para o Centro Histórico de São Luis.
São Luís do Maranhão é uma das três únicas capitais brasileiras construídas em ilhas. Além disso, é a única cidade de nosso país a sofrer forte influência de três povos. Fundada pelos franceses, foi depois invadida pelos holandeses e finalmente colonizada por portugueses. O resultado foi uma mistura única de influências que gerou um mosaico histórico como poucos outros no mundo.
Azulejos
Nada de igrejas suntuosas repletas de detalhes em ouro e imponentes construções militares ou públicas. O patrimônio arquitetônico de São Luís destaca-se pela uniformidade, pela beleza simples e regular das casas que constituem seu centro histórico. Construídos pelos senhores que comandavam a produção de algodão na região, os solares e sobrados são marcas vivas do apogeu econômico da cidade. No final do século XVIII, uma idéia funcional começou a se transformar na principal marca do casario ludovicense: trazidos de Portugal para revestir as casas e amenizar os efeitos do calor e da umidade, os azulejos são um colorido que dá charme e autencidade únicas às ruas do centro.
Em 1997, a Unesco concedeu à cidade o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Reconheceu a beleza e importância de um dos maiores conjuntos de arquitetura civil de origem européia no mundo. São três mil e quinhentas construções ocupando uma área de 250 hectares! Este acervo arquitetônico já havia sido tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1955.
Almoço, compra de artesanato e lembranças, retorno ao hotel, descanso e praia... com muito banho de mar e mais um pôr do sol estonteante. Esse não fotografei, ficará somente em minha memória (rsrsrs...).
Amanhã cedinho retorno para SC.
Foram mais de 2.000 km pelo litoral nordestino em 35 dias de muitas andanças. Visitei cerca de 40 lugares, entre cidades, aldeias e praias. Durante esses dias conheci pessoas incríveis e vivi momentos inesquecíveis e especiais. Levarei o Nordeste em meu coração.
Valeu pessoal, obrigada pela companhia.
Até a próxima aventura!

3 comentários:

  1. Oiiii Rita!!!!
    Que inveja!!!! Alagoas é lindo!!!! Muita praia de águas calmas e límpidas... muito bom... sem falar do camarão...
    Aproveite bastante... a minha dica é visitar a praia do carro quebrado. O acesso não é tão fácil, mas a paisagem vale a pena!
    P.S. É uma praia que não tem estrutura para turistas.
    Bjs,
    Lorena

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  2. Fiquei maravilhada com o nascer e pôr do sol. Imagino isso ao vivo e aí... neste lugar. SHOW. Bjao. Cris!

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